Photoshop

1.A resolução e a dimensão das imagens

As imagens digitais caracterizam-se por quatro aspectos fundamentais que ajudam a determinar as dimensões do ficheiro. As seguintes são variantes que se devem ter em conta:
Formato: vectorial e bitmap.
Resolução: relação entre a dimensão e a qualidade visual da imagem, englobando dois aspectos, sendo um deles a quantidade de pontos que constituem a imagem, por exemplo 640x480 (640 píxeis horizontais x 480 verticais). Esta magnitude mede-se em píxeis. A densidade dos pontos no ecrã ou na impressora também tem influência na resolução; por exemplo, 72dpi. Esta medida mede-se em dpi (dot per inch, ou seja, pontos por polegada)
Profundidade da cor: o número máximo de cores possível, por exemplo 8bits (256 cores), 16 bits (65 mil cores), 24 bits (milhões de cores). Esta magnitude mede-se em bits.
Formato/Compressão: formato em que se guarda ou codifica um ficheiro. Os formatos de ficheiros gráficos mais utilizados são o bmp, tiff, gif, jpeg e png.
Imagem vectorial e bitmap: os formatos digitais mais conhecidos são vectorial e o bitmap. Através de um exame detalhado das características destes formatos pode compreender-se melhor as suas aplicações.
Formato vectorial: O formato vectorial utiliza-se para trabalhos gráficos criados directamente no computador com programas de desenho. É muito mais leve, em termos de espaço ocupado no disco rígido, e não se utiliza na fotografia digital.
Os vectores: as imagens vectoriais podem ser redimensionadas sem que perca qualidade. Caracterizam-se por ter linhas e curvas definidas por objectos matemáticos, denominados vectores, que definem os desenhos em função das características geométricas.
Formato bitmap: o formato bitmap ou raster provém de dispositivos fotográficos (máquinas fotográficas, scanners, etc.). As imagens são representadas através de uma quadrícula, o mapa de bits ou retículo, composta por inúmeros quadrados minúsculos, denominados píxeis.
Os píxeis: é atribuído a cada pixel uma determinada posição e características específicas de luminosidade e cor. Quando os bitmaps são ampliados em relação à sua resolução original, perdem qualidade e parecem desfocados e cheios de grão.
A resolução depende do número de elementos sensíveis, chamados píxeis (picture element) ou pontos, que constituem a imagem. A resolução expressa-se em píxeis/polegada ou píxeis/centímetro.
Numa imagem digital, o número de píxeis é calculado multiplicando o número de píxeis ao longo do comprimento da imagem pelo número de píxeis ao longo da altura da imagem.
Por exemplo, uma imagem de 1600 píxeis de comprimento por 1200 píxeis de altura contém (1600x1200) 1920000 píxeis, ou seja 2 megapíxeis.
O megapixel, que é literalmente milhões de píxeis presentes no sector da máquina fotográfica digital.
Estes conceitos são tidos em conta quando se fala de fotografia. É importante saber que, caso se tenha de comprimir uma imagem, a redução de qualidade que este processo implica é menor quando se tira uma fotografia de qualidade alta. Caso utilize uma qualidade de imagem baixa ao tirar uma fotografia, já não é possível obter uma fotografia de alta definição e qualidade excelente. Assim, é aconselhável utilizar a máxima resolução possível com um nível de compressão FINE, quando se tira uma fotografia.

2.Os formatos digitais e a profundidade da cor

O formato JPEG

Actualmente, o formato mais difundido é o JPEG(Joint Photographic Experts Group), que permite um elevado nível de compressão, bem como configurar a qualidade enquanto parâmetro percentual, ou em níveis padrão, FINE, NORMAL e BASIC.
Os ficheiros são normalmente identificados pela extensão jpg. Este formato permite realizar uma grande compressão das imagens, de 50% a 90%, quer durante a memorização, quer durante o armazenamento das operações de retoque fotográfico, originando assim uma redução do peso, mas também da qualidade.
Ao reduzir o peso de uma imagem, o formato JPEG também permite poupar espaço e facilitar as transferências da máquina fotográfica para o computador, assim como o envio de fotografias por correio electrónico e a publicação na Internet.
Gracas aos programas de edição de imagem consegue converter-se uma imagem não comprimida em formato JPEG.

O formato GIF

O Graphics Interchange Format (GIF) é um formato dotado de um algoritmo de progressão que não distorce a imagem.
Com o passar do tempo, este formato converteu-se num padrão utilizado para visualizar, em documentos HTML da World Wide Web e outros serviços online, gráficos e imagens com uma escala de cores.
A extensão deste formato é gif.
O GIF é um formato comprimido criado originalmente para reduzir ao máximo o tempo de transferência dos ficheiros através de linhas telefónicas.
Este formato permite introduzir várias imagens num mesmo ficheiro, possibilitando assim a criação de verdadeiras animações, denominadas normalmente "GIFS animados".

O formato PNG

O PNG é o formato Portable Network Graphics, superficialmente parecido com o GIF, uma vez que consegue armazenar imagens sem perder nenhuma informação. É bastante eficaz em imagens abstractas que contêm demasiados pormenores para se poderem comprimir em pouco espaço. A extensão deste formato é png.
Dado ser um formato mais recente que o GIF não tem muitas limitações técnicas que o formato GIF tem, já que pode guardar imagens em cores reais, enquanto GIF está limitado a apenas 256 cores. Dispõe de um canal dedicado à transparência do fundo, que permite compressões sem perdas.

O formato TIFF

O formato TIFF caracteriza-se por comprimir relativamente pouco mantendo intacta a qualidade. As imagens de alta definição comprimidas em TIFF pesam muito, mas são as mais indicadas para a impressão. É bastante utilizado para a troca de imagens raster entre impressora e scanner, pois permite especificar inúmeras indicações opcionais, como as tabelas de gamut ou informações sobre a calibração da cor. A extensão é tif ou tiff. Contrariamente ao JPEG, o formato TIFF não sofre nenhuma compressão, pelo que não existem perdas de informação durante os retoques fotográficos. No entanto, precisa de muito espaço para se poder guardar, quer na memória da máquina, quer no disco rígido do computador. A impressão das imagens TIFF realiza-se praticamente apenas a nível profissional, mais concretamente para suportes em papel, como revistas, enquanto o uso para a internet não é inteiramente aconselhável, já que demoraria imenso tempo a carregar.
Para se utilizarem os programas de retoque fotográfico da melhor maneira possível, é bastante útil conhecer os conceitos básicos da teoria das cores. Os princípios que regem a forma de ver as cores denominam-se composição e decomposição. Uma mesma imagem pode ser convertida nos perfis RGB e CMYK.
RGB: a composição e a decomposição das cores são reguladas por dois princípios distintos. Para as imagens RGB, fala-se de síntese aditiva, isto é, a cor é vista como forma de luz.
CMYK: para os princípios que regem as imagens CMYK fala-se de síntese subtractiva, ou seja, a luz é vista como pigmento.

Métodos de cor

O perfil RGB

As imagens utilizam sobretudo dois perfis de cor: o RGB e o CMYK. O método de cor determina o perfil de cor utilizado para visualizar e imprimir fotografias. Os perfis de cor descrevem as cores que se vêem e se utilizam nas imagens digitais.
Cada perfil, por exemplo, RGB, CMYK ou HSB, representa um método diferente, númerico, para descrever as cores. As RGB são utilizadas em fotografias que vão ser vistas num ecrã, que podem ser imagens Web, ClipArt, GIF,etc.
As imagens RGB utilizam três cores, ou canais, para reproduzir as cores no ecrã. O método de cor RGB atribui determinada intensidade a cada pixel. Nas imagens de 8 bits por canal, os valores da intensidade encontram-se entre o 0 (preto) e o 255 (branco) para cada componente RGB ( vermelho, verde ou azul) de uma imagem a cores.
As imagens RGB utilizam três cores para reproduzir até 16,7 milhões de cores no ecrã, sendo que os ecrãs dos computadores mostram sempre as cores utilizando o perfil RGB. Isto significa que quando se trabalha com métodos de cores que não sejam RGB, como por exemplo o CMYK, independentemente do programa que se utiliza, este converte temporariamente os dados para RGB durante a visualização no ecrã.

O perfil CMYK

Quando se tem de reproduzir cores através da impressão, é necessário utilizar o princípio da síntese subtractiva, que é o que se aplica nas tintas. Os pigmentos depositados sobre o papel, golpeados pela luz branca, absorvem alguns componentes e reflectem outros. As cores primárias da síntese subtractiva não são mais do que as cores secundárias da síntese aditiva, isto é, o ciano, o magenta e o amarelo.
Teoricamente, os pigmentos puros do ciano(C), magenta(M) e amarelo(Y) deviam ser combinados para absorver a cor e produzir o preto. É por este motivo que se chamam cores subtractivas e que este método de cor é conhecido por subtractivo. Como todas as tintas de impressão contêm impurezas, estas três tintas produzem um castanho escuro, sendo que para se conseguir preto é necessário adicionar tinta preta(K). A letra K é utilizada para evitar confusões, uma vez que a letra B se refere ao azul. A combinação destas tintas para produzir a cor denomina-se quadricromia. Ainda que seja um perfil de cor padrão, a gama exacta de cores representadas varia em função das condições de impressão e da máquina utilizada.
As imagens em escala de cinzentos utilizam diferentes tons de cinzento numa imagem até 256 tonalidades de cinzento, incluindo o preto e o branco.
Branco: cada pixel utiliza 8 bits de memória para armazenar um valor entre 0 e 255, que corresponde a uma percentagem de 0,4% entre cada tonalidade de cinzento. O branco obtém-se atribuindo ao pixel o valor 255, enquanto o preto corresponde ao 0.
Preto: os valores da escala de cinzentos também podem ser calculados como percentagens de cobertura de tinta preta. O preto corresponde, então, a 100%, e o branco 0%.